quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

COMPARACÃO SALARIO PROFESSOR E DEPUTADO

Vejam com seus próprios olhos essa a aberração.

Clique na imagem para aumentar e se indignar.

Até quando minha gente? 
Até quando vamos ficar calados?

Lembrem-se, este ano tem eleição. 
É a hora de colocar este bando de vagabundos pra rua. 

domingo, 8 de janeiro de 2012

BADEN POWELL - Série Maçons Ilustres

Qual a relação Escotismo e a Maçonaria?


            Ernest Thompson Seton, Robert Baden-Powell, and Daniel Carter Beard These Three Men Merged their Boy's Scouting Organizations with the Boy Scouts of America in 1910 


“Os escoteiros surgiram da maçonaria, porque SEU FUNDADOR Baden Powell eram maçon. Sonhou, segundo ele, fazer com harmonia a convivência entre os filhos de duques e filhos de empregados”.Por certo, “a Igreja antes de apoderar-se do escotismo se opôs a ele duramente”.

“No século XX, os maçons apoiaram importantes organizações esportivas, pacifistas ou direcionadas a internacionalizar os países e o mundo inteiro sob a bandeira da paz. Não era uma globalização desagregadora e destrutiva da pessoa humana destinada aos indivíduos e as sociedades por trás de valores éticos e humanistas.

O maçom suíço Henry Dunant, criou a Cruz Vermelha Internacional (…), Robert Baden Powell fundou o Movimento Escoteiro, visionário e pioneiro, tal como outro maçom, Pierre de Coubertin refundou os Jogos Olímpicos.

Se tantos investigadores citam a Baden Powell, como franco-maçom, por que no Movimento Escoteiro ocultam esse importante dado? Dezenas de lojas maçônicas no mundo levam o nome “Baden-Powell’.



Robert Stephenson Smyth Baden-Powell nasceu em Londres, Inglaterra, a 22 de fevereiro de 1857. Seu pai era o reverendo H. G. Baden-Powell, professor em Oxford. Sua mãe era filha do almirante inglês W. T. Smyth. Seu bisavô, Joseph Brewer Smyth, tinha ido como colonizador para Nova Jersey (EUA) mas voltou para a Inglaterra e naufragou na viagem de regresso.

Seu pai morreu quando Robert tinha aproximadamente 3 anos, deixando a sua mãe com sete filhos, dos quais o mais velho não tinha ainda 14 anos. Havia com freqüência momentos difíceis para uma família tão grande, mas o amor mútuo entre mãe e filhos ajudava-os a continuar em frente.

Robert viveu uma bela vida ao ar livre com seus quatro irmãos, excursionando e acampando com eles em muitos lugares da Inglaterra. Em 1870 ingressou na Escola Charterhouse em Londres com uma bolsa de estudos. Não era um estudante que se destacasse especialmente dos outros, mas era um dos mais vivos. Estava sempre metido em tudo que acontecia no pátio do colégio, e cedo se tornou popular pela sua perícia como goleiro da equipe de futebol de Charterhouse.

Seus camaradas da escola muito apreciavam suas habilidades como ator. Sempre que pediam ele improvisava uma representação que fazia a escola toda morrer de rir. Tinha também vocação para a música, e seu dom para o desenho permitiu-lhe mais tarde ilustrar todas as suas obras.
Aos 19 anos colou grau na Escola Charterhouse e aceitou imediatamente uma oportunidade de ir à Índia como subtenente do regimento que formara a ala direita da cavalaria na célebre "Carga da Cavalaria Ligeira" da Guerra da Criméia.

Além de uma carreira excelente no serviço militar (chegou a capitão aos vinte e seis anos), ganhou o troféu esportivo mais desejado de toda a Índia, o troféu de "sangrar o porco", caça ao javali selvagem, a cavalo, tendo como única arma uma lança curta. Vocês compreenderão como este esporte é perigoso ao saber que o javali selvagem é habitualmente citado como "o único animal que se atreve a beber água no mesmo bebedouro com um tigre.

Em 1887 participou da campanha contra os Zulus na África, e mais tarde contra as ferozes tribos dos Ashantís e os selvagens guerreiros Matabeles. Os nativos o temiam tanto que lhe davam o nome de "Impisa", o "lôbo-que-nunca-dorme", devido a sua coragem, sua perícia como explorador e sua impressionante habilidade em seguir pistas.

As promoções de Baden Powell na carreira militar eram quase automáticas tal a regularidade com que ocorriam até que, subitamente se tornou famoso.

Corria o ano de 1899 e Baden-Powell tinha sido promovido a Coronel. Na África do Sul estava se fermentando uma agitação e as relações entre a Inglaterra e o governo da República de Transval tinha chegado ao ponto do rompimento. Baden Powell recebeu ordens de organizar dois batalhões de carabineiros montados e marchar para Mafeking, uma cidade no coração da África do Sul. "Quem tem Mafeking tem as rédeas da África do Sul", era um dito corrente entre os nativos, que se verificou ser verdadeiro.


Veio a guerra, e durante 217 dias (a partir de 13 de outubro de 1899) Baden Powell defendeu Mafeking cercada por forças esmagadoramente superiores do inimigo, até que tropas de socorro conseguiram finalmente abrir caminho lutando para auxiliá-lo, no dia 18 de maio de 1900.

Procure "Mafeking" em seu dicionário de inglês e junto a esta palavra você encontrará duas outras criadas neste dia tumultuoso derivadas do nome da cidade africana: "maffick" e "maffication" significando "celebração tumultuosa".

Baden Powell promovido agora ao posto de major-general tornou-se um herói aos olhos de seus compatriotas. Foi como um herói dos adultos e das crianças que em 1901 ele regressou da África do Sul para a Inglaterra e descobrir, surpreso, que a sua popularidade pessoal dera popularidade ao livro que escrevera para militares: Aids to Scouting (Ajudas à Exploração Militar). O livro estava sendo usado como um compêndio nas escolas masculinas. Baden Powell viu nisto um desafio. Compreendeu que estava aí a oportunidade de ajudar a juventude. Se um livro para adultos sobre as atividades dos exploradores podia exercer tal atração sobre os rapazes e servir-lhes de fonte de inspiração, outro livro, escrito especialmente para rapazes poderia despertar muito maior interesse.

Pôs-se então a trabalhar, aproveitando e adaptando sua experiência na Índia e na África entre os Zulus e outras tribos selvagens. Reuniu uma biblioteca especial e estudou nestes livros os métodos usados em todas as épocas para a educação e o adestramento dos rapazes, desde jovens espartanos, os antigos bretões, os peles-vermelhas, até os nossos dias. Lenta e cuidadosamente, Baden Powell foi desenvolvendo a idéia do escotismo.

Queria estar certo de que a idéia podia ser posta em prática, e por isso, no verão de 1907 foi com um grupo de 20 rapazes para a ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, para realizar o primeiro acampamento escoteiro que o mundo presenciou. O acampamento teve um completo êxito.

Nos primeiros meses de 1908, lançou em seis fascículos quinzenais o seu manual de adestramento, o "Escotismo para Rapazes" sem sequer sonhar que este livro iria por em ação um movimento que afetaria a juventude do mundo inteiro.


Mal tinha começado a aparecer nas livrarias e nas bancas de jornais e já surgiram patrulhas e tropas escoteiras não apenas na Inglaterra, mas em muitos outros países. O movimento cresceu tanto que em 1910, B-P compreendeu que o Escotismo seria a obra a que dedicaria a sua vida. Teve a visão e a fé de reconhecer que podia fazer mais pelo seu país adestrando a nova geração para a boa cidadania do que preparando um punhado de homens para uma possível futura guerra.

Pediu então demissão do Exército onde havia chegado a tenente-general e ingressou na sua "segunda vida", como costumava chamá-la, sua vida de serviço ao mundo por meio do Escotismo.

Em 1912 fêz uma viagem ao redor do mundo para contactar os escoteiros de muitos outros países. Foi este o primeiro passo para fazer do Escotismo uma fraternidade mundial.

A Primeira Guerra Mundial momentaneamente interrompeu este trabalho, mas com o fim das hostilidades foi recomeçado, e em 1920 os escoteiros de todas as partes do mundo se reuniram em Londres para a primeira concentração internacional de escoteiros: o Primeiro Jamboree Mundial. Na última noite deste Jamboree, a 6 de agosto, Baden Powell foi proclamado "Escoteiro-Chefe-Mundial" sob os aplausos da multidão de rapazes.

O Movimento Escoteiro continuou a crescer. No dia em que atingiu a "maioridade" completando 21 anos contava com mais de 2 milhões de membros em praticamente todos os países do mundo. Nesta ocasião, Baden Powell recebeu do rei Jorge V a honra de ser elevado a barão, sob o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell. Mas apesar deste título, para todos os escoteiros ele continuou e continuará sempre sendo Baden Powell, o Escoteiro-Chefe-Mundial.

Quando suas forças afinal começaram a declinar, depois de completar 80 anos de idade, regressou à sua amada África com a sua espôsa, Lady Baden-Powell, que fôra uma entusiástica colaboradora em todos os seus esforços, e que era a Chefe-Mundial das "Girl Guides" (bandeirantes), movimento também iniciado por Baden-Powell.

Fixaram residência no Quênia em um lugar tranquilo e com um panorama maravilhoso: florestas de quilômetros de extensão tendo ao fundo montanhas de picos cobertos de neve.

Foi lá que morreu Robert  Stephenson Smyth Baden-Powell, em 8 de janeiro de 1941 faltando um pouco mais de um mês para completar 84 anos de idade.

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Janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Um Velório Diferente.





O FUNERAL


Capelinha em um lugarejo com pouco mais de trezentos habitantes. Todos se conheciam e viviam na ternura dos deuses.

Acontece que naquele dia um alvoroço diferente tomou conta do lugar. Um dos moradores, pessoa bem simples e de hábitos exemplares, morreu.

Com idade já avançada, vivera na localidade por mais de oitenta anos, tendo nascido ali mesmo. Era dono de uma pequena propriedade onde criava gado e mantinha uma razoável plantação de milho. Tudo dava para o sustento e, ainda, ajudava muita gente menos favorecida.

Dele sabia-se, apenas, que saía pouco, indo uma vez por semana à cidade, em sua charrete bem cuidada. O veículo para transporte de muita gente doente estava lá, à espera de qualquer necessitado: a charrete.

-Por que os bons também morrem? 


Dizia uma senhora, esfregando as mãos no rosto enrugado pelo tempo:

- Verdade. O bom nunca devia morrer.

Essa mistura de oposição é que dá valor à vida. Esse mosaico que se mistura e, quase sempre, nos apresenta um só valor é o verdadeiro sentido da vida. 

É a busca por melhorias. É o desafio que o Supremo Mestre coloca diante de cada um de nós, para que possamos buscar o aprimoramento. 

É o caminho do livre arbítrio. 
Alguns, mais esclarecidos, fazem, e bem, a sua parte.

A charrete estava parada. 
A viúva, uma senhora já bem cansada, havia se preparado para a partida daquele que fora seu companheiro por mais de cinquenta anos.


A humildade com que o casal viveu não condizia com a chegada de tanta gente ao lugarejo. Sendo pessoa simples, sem ter participado de movimento político, era difícil para o povo do lugar entender tanta movimentação no velório. 

A capelinha simples, aliás, tornara-se palco de um gigantesco velório.

Jamais passara por ali um automóvel. 
Naquele dia, mais de cinquenta carros entupiam as estradinhas, duas no total.

Várias pessoas procuravam saber a causa de tanto prestígio.

- Como é que pode?

- O quê?

- Um homem que não era visitado nem pelo prefeito da sua cidade... vai ter um enterro de gente rica!

- Que rico nada. Vai ver esses homens estão no velório errado.

Um garoto, na inocência, ouvia a conversa e não juntava as palavras. 
Olhava admirado o movimento no lugar.

Os homens, todos de preto, lembravam aqueles da procissão, 
cheio de faixas, de chapéus pretos. 
A rua ficara toda preta.

- Que urubuzada!

- Não fale assim. Olha a falta de respeito. Eles podem ouvir.

- Mas que parece, parece.

- É ... mas, não é para falar. É só pra ver.

Havia mais de cem homens vestidos assim. 
O defunto devia ser muito importante mesmo.

A curiosidade é tão grande que não cabe no mundo.

 Uma senhora, temendo ficar sem saber o que estava acontecendo, fez uma pergunta ao primeiro que encontrou, um senhor carregando na lapela várias medalhas. No peito, uma faixa de veludo, toda bordada.

- O que o finado era, para trazer tanta gente para cá?

- Ele é nosso irmão!

- Que família grande!

- É a maior família do mundo.

- Então ele era muito rico?

- Sim. Muito rico.

- O que é que ele era?

- Maçom.

- Maçom?

- O que é maçom?

- É isso que a senhora está vendo.

- Isso o quê?

- A união, mesmo depois da morte, 
da passagem para o Oriente Eterno.



02 de Janeiro de 2012